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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A Verdade foi destronada

Pensamos, de repente, que existe a Verdade, a Felicidade, a Certeza, o Correto, a Essência, que a maioria das coisas se estrutura num binarismo reducionista de bom ou ruim, certo ou errado, satisfatório ou insatisfatório, levando-nos a julgar, com maior freqüência, o outro. Na realidade, as ações humanas vão muito além disso, situando-se numa complexidade característica da constituição humana.
Com isso, vê-se que as velhas Certezas deixaram de existir dando lugar a posições fragmentadas e situadas. Você é sempre feliz? Sabe dizer o que é a Verdade? E o que é Correto? Tudo passa a ganhar um formato curvo e instável. Não existe, de fato, o “Felizes para sempre!”.
“Mesmo um relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia” (Paulo Coelho). Observando estas palavras podemos perceber que ninguém é tão precário para está completamente errado no que pensa ou no que diz. Até mesmo os loucos tem sanidade e até anteveem idéias do futuro. Pois já dizia Raul Seixas “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Por isso, qualquer pensamento fundamentalista é questionado, pois desse modo ele se torna um fanatismo. Já dizia Friedrich Nietszche “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas”. Vivemos, assim, num mundo onde as Verdades foram destronadas, tornando-se efêmeras, relativas, transitórias e altamente discutíveis.

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