Aqui, não interessa se espelhar totalmente na norma culta ou padrão, mas de verificar as condições lingüísticas como sendo admissíveis dentro da linearidade da língua. Assim, a construção “Os menino chegou” é aceitável perante certas condições de produção do indivíduo, pois é possível de explicação lógica e cumpre com sua função mais importante que é a comunicação.
O falante diante de suas relações socioculturais e ideológicas, adquire o conhecimento sobre sua língua, porque ele se relaciona diariamente com ela. Dessa maneira, os falantes conseguem mediante sua competência gramatical, dizer, relacionar, comparar as construções gramaticais, de forma a ter a capacidade de distinguir seqüências da língua.
Esse processo é significativo, visto que o sujeito comunicador e interativo, usando de suas experiências cognitivas sobre a língua, produz um grande número de discursos e de forma diversificada para cada situação sócio-comunicativa.
Pelo seu lado, a competência textual, que envolve um universo maior e mais complexo, exige que o indivíduo domine de modo estrutural suas idéias e expressões para haver uma maior compreensividade de seus discursos.
Nesse âmbito, é necessário saber produzir e compreender textos, dizer se são bem produzidos ou não, conseguir reconhecer a tipologia textual (se é uma carta, ofício, bilhete, artigo, etc.) sendo para isso importante conhecer os elementos formais que indicam e/ou determinam a procedência de determinado texto.
Além disso, o sujeito deve saber transformar um texto, isto é, parafrasear, reformular, resumir, sintetizar, encontrar nele elementos implícitos, levantar pressupostos, fazer referencialidade com outras produções textuais, de modo a inteirar-se de forma mais apurada possível de seu conjunto significativo.
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