Por Antonio Roberto Fernandes do NascimentoNão me contento. Ser sincero é, ao mesmo tempo, um desejo e uma aflição social. Em outras palavras, as pessoas clamam por tal comportamento, mas tal fim parece uma utopia, uma mera ilusão, pois quando ela vem a tona ninguém a compreende, sendo uma geradora de conflitos e desacertos.
Dizia Oscar Wilde, "Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal". A solução para esse conflito dúblio, insolúvel, é permanecermos na condição de não-sinceros, de corruptíveis, de infratores da verdade e da franqueza.
Ser sincero é correr o risco de desagradar aqueles que estão a sua volta, de ser taxado de intolerante, incompreensível, de mal-educado, etc. Que coisa mais doida!
Pense no que digo e, caso queria comprovar, prepara-se para ouvir "coisas" absurdas que não deveriam ser uma resposta a uma posição sincera e franca. Por isso, Tácito dizia que a "sinceridade e a generosidade se não forem temperadas com moderação conduzem infalivelmente à ruína".
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Por Antonio Roberto Fernandes do Nascimento
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